25 meses


Olá! Como estás? Não respondas já , deixa-me falar pois tenho muito para te dizer. Faz hoje cerca de vinte e cinco meses que eu e tu começamos uma historia, uma grande historia, historia essa de amor.
Oito da manhã. Acordei, olhei para o lado e vi-te ali, vi-te ali ao meu lado a sorrir, a passar a mão por o meu cabelo, a olhar-me olhos nos olhos e a pedir-me através do silencio um beijo doce e prolongado. Esfreguei os olhos. Afinal onde estas tu? Desapareces-te? Estavas aqui e de repente, de um momento para o lado.. Desapareces! Afinal não passou de um sonho. Pego na minha mão e encosto-a sobre o meu peito, simbolizou o meu toque sobre ti, queria dizer-te desta forma silenciosa que o meu pequenino ainda bate por ti, fracamente mas bate.
Vesti-me. Usei a roupa que me faz sentir próxima de ti. Usei-a no natal, e o natal lembras-me tu. Nunca me viste com ela, mas quando a comprei queria partilhar a minha felicidade contigo por estar a fazer as compras de natal, queria estar a comprar a tua prenda, mas isso não foi possível. Tudo isso são desejos.
Estava frio, acho que fazia-me bem um abraço teu, aqueceres-me o coração era bom. Sentia pouco frio se te senti-se por perto, tenho a certeza.
Aula de Portugues. Não sei mas aquela stora diz sempre as coisas certas nos dias certos, parece que adivinha. Hoje falou de uma tal coisa que se chama amor platónico. Já tinha ouvido falar, mas sei lá, eu não sabia o que queria dizer. Ela disse que é quando uma pessoa ama e mesmo que nao seja correspondida é feliz por amar a outra pessoa. Disse também que é deixar a pessoa amada ser feliz mesmo que seja com outra pessoa. Parei e reflecti, afinal o que senti por ti sempre foi amor platónico?!
Passou mais um dia. Guardei as saudades dentro de uma caixa e guardei-a na minha mochila, hoje mais do que nunca a caixa estava tão cheia que mal fechava. Queria levar as saudades comigo. Peguei noutra caixa e lá meti o amor que me resta, o amor que ainda me liga a ti. Agarrei nas sete chaves e fechei essa caixa tão preciosa. Não atirei nenhuma das chaves fora, quero guarda-las comigo, quero abrir esta caixa quando sentir necessidade disso, quero sentir que fui feliz contigo.
Não sei o que sentis-te hoje. Não sei se choras-te como eu, quer dizer ... Isso eu sei, nunca chorarias por mim, nunca o fizes-te, sempre gostas-te de te fazer de forte perante tudo e todos. Será que sentis-te saudades como eu? Que tives-te vontade de pegar no telemóvel para me lembrar que hoje era o "nosso" dia como eu tive de te mandar a ti? Será que hoje mais do que ontem querias ter-me contigo por apenas alguns minutos. Será que achas que isto acabou ou ainda tens esperança dentro de ti, como disses-te ter sempre? Será que o nosso destino é estarmos juntos ou separados? Será que me amas? Ou nunca me amas-te? Tantas perguntas não é? Nunca me deste uma resposta a nenhuma, porque? Ok, tudo bem, eu sei que se sufocava com tanto amor, que te enchia o telemovel de paixao e desejo, eu sei, claro que sei mas acho que isso são coisas que uma pessoa nao controla.
Aposto que te questionas neste preciso momento porque ainda te escrevo cartas, porque ainda escrevo para ti não é? Eu sei, conheço-te. Mas acho que só tu podes responder a isso, pois és tu que causas um efeito extraordinário em mim.

Beijinhos, de quem sempre te vai amar!